A história da hemodiálise pode considerar-se ter começado, quando em 1830 um físico Inglês chamado Thomas Graham, verificou, separando dois liquidos com substancias dissolvidas numa membrana celulósica, estabelecia troca entre elas.
Nesta experiência, o físico chamou-lhe “Diálise” e às membranas com estas características “semi-permeáveis’. Mas só passado oitenta anos esse princípio físico ja aplicado à experiência anima. Em 1913 na América, John Abel idealizou e utilizou nos cães sem rins, o primeiro ‘ rim artificial”.
Tinha a composição de uma série de tubos de celulose mergulhados em soro fisiológico que era por onde circulava o sangue dos cães.
Em 1917, na 1ª Guerra Mundial, a terrível visão de doentes em urémia pela Insuficiência renal Aguda, levou que o Alemão Georg Haas viesse a mudar o protótipo do “ rim artificial” do seu colega John Abel. Aumentou mais área ás membranas, que após, conseguiu esterelizar os componentes todos do circuito extracorporal com etanol. Finalmente em 1926 aventurou-se a utilizar a diálise pela primeira vez no ser humano, quando apareceu um caso de urémia.
Esta primeira experiência no ser humano, consistiu em retirar meio litro de sangue ao doente 9 o volume necessário para prencher o circuito), e ao fazê-lo circular pelos tubos meia hora banhados com soro e reinfundi-lo novamente no paciente, claro está que não foi obtido resultado positivo. Este passo foi permitir para que Georg Haas repetisse em 1928 o método e começou por fazê-lo pela primeira vez com a heparina, ao qual foi feita com 9 passagens e não uma como anteriormente fez.
Durante certo período foram feitas tentativas, como por exemplo intestinos de galinha, para encontrar materiais mais adequados. Durante a Segunda Guerra Mundial (1940), o Holandês Kolff (considerado por alguns o Pai da Hemodiálise) fez um “Rim Artificial” que consistia num tubo de 40 metros de celafone que enrolado num cilindro rodeava um tanque que continha uma solução.
O sangue do doente circulava dentro do tubo e a cada rotação do cilindro dentro do tubo mergulhava no tanque. Por meados do ano de 1943, Kolff, utilizou pela primeira vez este “ Rim Artificial” num paciente com Insuficiência Renal Aguda. Este método de Diálise foi igual ao que fez inicialmente, por Georg Haas; meio litro de sangue do doente que circulava no dito “ Rim Artificial” e que de seguida era reifundido novamente.
O ano de 1945 foi o que marcou a sobrevivência do primeiro paciente do “ Rim Artificial” de Kolff, com uma insuficiência renal aguda, que conseguia alcançar a durabilidade de uma sessão de hemodiálise de 11 horas e no futuro recuperou a sua função renal. Altura esta que em todo mundo mais ou menos cerca de 20 doentes tinham feito tentativas de diálise.
Foi só em 1960, Scribner e Quinton descreveram um dos marcos históricos, senão o maior (na altura) no tratamento da Insuficiência renal Crônica, pela hemodiálise: “o SHUNT” artério- venoso externo permanente.
A partir daqui foi possível fazer os tratamentos múltiplas vezes. Daqui também foi possível fazer uma avaliação regular aos mecanismos íntimos da hemodiálise como também tecnológicos no que respeita aos dialisadores. O SHUNT na altura tinha as suas deficiências, como infecções e coagulações.
Foi só em 1960 que começou o primeiro doente com Insuficiência renal Crônica a ser tratado em Hemodiálise regular, uma e duas vezes por semana. Nos finais do ano de 1965, na Europa, havia apenas 150 doentes com Insuficiência renal Crônica (não esquecer que aqui os milhares que morreram por falta de tratamento e outros pelo desconhecimento médico à data), os atás referidos eram aqueles que contabilizados eram já tratados pela hemodiálise regular.
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Leandro Deamari
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