Uma equipe de pesquisadores da Universidade Cornell, conseguiu converter nitrogênio em amônia utilizando um processo vislumbrado há décadas pelos cientistas, mas que até agora ninguém havia conseguido realizar.
O novo processo utiliza um complexo de zircônio metálico para adicionar átomos de hidrogênio a uma molécula de nitrogênio e convertê-la para amônia, sem a necessidade de altas temperaturas ou altas pressões.
O problema com a conversão do nitrogênio em uma forma industrial e utilizável é que sua molécula é formada por dois átomos com ligações químicas extremamente fortes. Somente o monóxido de carbono tem uma ligação mais forte do que a da molécula de nitrogênio. Mas, enquanto o monóxido de carbono adere facilmente às outras moléculas, o nitrogênio é não polar e não se liga facilmente a metais. É também muito difícil de retirar elétrons das moléculas de nitrogênio.
O método de conversão de nitrogênio em amônia, chamado de processo IIaber-Bosch é responsável pela produção de mais de 100 milhões de toneladas de amônia anualmente para a agricultura e para a indústria química. O processo exige altas temperaturas e pressões para que o nitrogênio e o hidrogênio interajam sobre uma superfície de ferro, que serve como catalisador.
A descoberta poderá ter impacto na produção de amônia. Antes disso, porém, os cientistas precisam transformar o processo de laboratório, que age molécula a molécula, em um processo de larga escala que possa ser utilizado.
Karine Andreola
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