Uma pesquisa recente feita pela Universidade de Delaware mostrou que os donos de carros a gasolina levam em conta quando considera a possibilidade de migrar para um carro elétrico, autonomia (quantos quilômetros o veículo roda sem precisar recarregar), a diferença de custo entra a gasolina e a eletricidade, e o tempo de recarregamento das baterias.
Maior autonomia e menor tempo de recarregamento são questões diretamente afetas às baterias que infelizmente vêm progredindo muito lentamente.
Assim enquanto as baterias não dão seu tão esperado salto tecnológico, que possa viabilizar de vez os veículos elétricos começam a surgir alternativas para pelo menos facilitar seu recarregamento.
Noaman Makki e Remon pop-Iliev, da Universidade de Ontário voltaram sua atenção para os nanogeradores minúsculos fios piezoelétricos que estão sendo pesquisados, sobretudo para a alimentação de pequenos equipamentos portáteis.
Os materiais piezoelétricos transformam uma deformação mecânica em energia elétrica, assim basta dobrá-los para um lado e para o outro para que eles gerem eletricidades.
Os dois engenheiros decidiram inserir os nanogeradores dentro dos pneus, que se deformam naturalmente durante o rodar normal de um veículo devido à sua flexibilidade e às oscilações do piso.
Submetidos à deformação constante dos pneus, os nanogeradores podem produzir uma quantidade razoável da energia quanto mais rápido o carro estiver rodando, e quanto maior for o aro do pneu, mais energia é gerada.
Para gerar uma maior corrente os pesquisadores verificam que é necessário cobrir uma área maior da superfície interna do pneu com os nanogeradores.
Com o veículo rodando a cem quilômetros por hora o equivalente a uma rotação do pneu de 854 giros por minutos, a malha piezoelétrica de teste produziu 2,3 watts de forma sustentada por pneu.
Usando uma segunda camada de nanogeradores superposta à primeira a produção de energia saltou linearmente para 4,6 watts, o que demonstra o potencial da tecnologia, uma vez encontrada a cobertura ótima de nanofios no interior de toda a área interna do pneu.
A energia gerada é inicialmente armazenada em um capacitor, e passada para o interior do veículo por um computador que mantém um contato contínuo.
Karine Andreola
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