Há cerca de anos, cientistas estudavam o promissor grafeno quando descobriram que inserir defeitos internacionais em sua estrutura pode permitir a criação de componentes eletrônicos menores e mais rápidos.
Mas Daniel Gunlyeke e Carter White descobriram que pode ser mais fácil aproveitar defeitos que ocorrem naturalmente produzindo comportamentos discretos ao longo da folha de grafeno. Esses defeitos geram vales nas bandas de condução e de Valencia do grafeno, vindo daí o nome de Valetrônica.
Na verdade como não há analogia entre a nascente valetrônica e a eletrônica baseada no silício, é difícil prever as possibilidades de exploração dos vales do grafeno.
Agora os pesquisadores descobriram que uma linha defeituosa ao longo da malha do grafeno, um defeito que surge naturalmente e é bastante comum nas folhas de grafeno, funcionam como um filtro de vales natural.
O termo vale refere-se a depressões de energia na estrutura de banda, que descreve a energia dos elétrons, que são ondas permitidas pela simetria do cristal.
A polarização pelos vales é obtida quando elétrons e lacunas em um vale são separados espacialmente dos elétrons e lacunas de outro vale. Isto é difícil de fazer por que os dois vales têm a mesma energia.
Os pesquisadores agora descobriram, porém, que essa separação espacial pode ser obtida em estruturas e grafeno que possuam uma simetria de reflexão ao longo de uma direção cristalográfica específica, sem ligações que cruzem a simetria.
É essa propriedade que está presente na linha de defeitos encontrada no grafeno.
Os cientistas alertam que ainda há um longo caminho a ser percorrido antes que a valetrônica se torne uma tecnologia viável.
Este avanço agora é obtido, contudo, representa um caminho realístico para que se possa aproximar bastante dessa viabilização prática.
Karine Andreola
Nenhum comentário:
Postar um comentário