sábado, 6 de agosto de 2011

Chip com Micromáquina


               Apesar da miniaturização, os nós dessas redes de sensores precisam ser alimentados e baterias nem se longe são a solução mais adequada.
            Surgiram então os coletores de energia, dispositivos capazes de transformar em eletricidade a vibração do meio ambiente, vibração gerada pelo vento ou por carros passando na rua, por exemplo.
            Pesquisadores da Universidade de Furtwangen, na Alemanha juntaram a ideia dos nanogeradores com a s técnicas de fabricação da microeletrônica, para construir um microcoletor de energia vibracional 3D.
            O 3D significa que o microgerador chamado microcoletor vibracional eletrostático, consegue captar as vibrações vindas de qualquer direção e de qualquer sentido e transformá-las em eletricidade.
            A segunda vantagem imediata é que o projeto permite que o microcoletor de energia seja escalado, fabricado na dimensão apropriada para a quantidade de energia necessária para cada aparelho a ser alimentos.
            O pequeno aparelho é um exemplo dos avanços permitidos pela tecnologia de fabricação dos MEMS, ou sistemas microeletromecânicos, o dispositivo é uma minúscula máquina cujas peças móveis são construídas com tecnologias herdadas da fabricação de chips.
            Isso leva à sua terceira vantagem, o dispositivo é essencialmente um chip-gerador, que pode ser incorporado na placa de circuito impresso de qualquer aparelho, o próprio aparelho coletaria a energia do ambiente, sem qualquer conexão externa.
            Uma peça central funciona como centro de massa. O movimento 3D é obtido com sistemas de fim de curso nos eletrodos ao longo do plano e eixos suspensores na perpendicular.
            O protótipo coleta vibrações de baixa frequência, menores de 150 Hz, usando eletretos para gerar o efeito eletrostático.
            Mas o mesmo efeito eletrostático usado para gerar a energia pode ser a ruína dos MEMS, nas dimensões das micromáquinas, a força eletrostática costuma fazer as peças grudarem umas nas outras, impedindo o funcionamento do aparelho.
            Os pesquisadores resolveram o problema criando um sistema de isolamento entre os eletrodos que capturam a energia e os eletrodos que a levam para fora do coletor.

Karine Andreola

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