sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Transplante de Coração

            Uma das grandes conquistas da medicina foi a introdução da técnica de transplante de órgãos. Que foi sonhada e tentada sem sucesso pelos médicos do século passado.
            Mas foi no século XX que a técnica de transplantes pôde ser dominada, hoje é possível transplantar-se diversos órgãos como fígado, rim, pâncreas, córneas, pele, medula óssea, osso, intestino, pulmão e até coração.
            Nos grandes centros médicos do mundo, os transplantes de órgãos tornaram-se rotineiros.
            Para se fazer o transplante é necessário que exista, o doador, isto é, a pessoa da qual será retirado um órgão do corpo, de preferência perfeito, e um receptor, a pessoa que tem aquele mesmo órgão tão doente que praticamente não funciona mais.
           Transplante de coração ou transplante cardíaco é um procedimento cirúrgico no qual um coração é transplantado para outras pessoas. É uma modalidade terapêutica mais eficaz para prolongar, significativamente a vida de pessoas com doenças cardíacas em fase terminal.
            O primeiro transplante de coração foi realizado pelo Dr. Christiaan Barnard, um cirurgião sul-africano, em três de dezembro de 1967. Com uma equipe de vinte cirurgiões, que substituíram o coração de Louis Washkansky,  pelo de uma vítima que avia sofrido um acidentes. O paciente morreu dezoito dias depois de dupla pneumonia.
            Quando ainda há poucas décadas a transplantação do coração era impensável, agora é uma realidade. Cerca de 95% dos receptores de transplantes de coração conseguem efetuar exercícios físicos e levar a cabo as suas atividades diárias substancialmente melhor do que antes do transplante. Mais de 70% dos receptores de coração transplantados volta a trabalhar.
            O transplante de coração está reservado para as pessoas afetadas pelas doenças cardíacas mais graves, que não podem ser tratadas com fármacos nem outras formas de cirurgia. Pelo menos metade dos transplantes cardíacos são efetuados por cardiomiopatia dilatada, e a maioria dos restantes por doença cardíaca terminal, provocada por patologia alargada da artéria coronária. Em alguns centros médicos existem máquinas cardíacas mecânicas que podem manter com vida os doentes durante semanas ou meses até se encontrar um doador apropriado. No entanto, muitos destes pacientes morrem enquanto esperam. Apesar dos resultados positivos do transplante cardíaco, continua a ser problemática a existência de doadores.
            As pessoas com transplante de coração necessitam de fármacos imunossupressores depois da intervenção cirúrgica. A rejeição do coração costuma provocar febre, debilidade e um batimento cardíaco acelerado ou outro tipo de anomalia. O mau funcionamento do coração resulta numa baixa da tensão arterial, inchaço (edema) e acumulação de líquido nos pulmões. Uma rejeição ligeira pode não causar nenhum sintoma, mas um eletrocardiograma mostrará as alterações que se tenham verificado. Se os médicos suspeitam de que se está a produzir uma rejeição, em regra efetuam uma biopsia. Neste procedimento, um cateter com uma lâmina minúscula na sua extremidade é introduzido numa veia do pescoço e chega ao coração, onde retira uma pequena amostra do tecido cardíaco. Em seguida esse tecido é examinado ao microscópio. Se os médicos encontram evidência de uma rejeição, modificam a dose dos medicamentos imunossupressores.
            As infecções causam quase metade das mortes verificadas após uma transplantação de coração. Outra complicação é a arteriosclerose (artérias obstruídas), que se verifica nas artérias coronárias em aproximadamente um quarto dos receptores de transplantes de coração.

Karine Andreola

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