sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ar Condicionado

             O condicionamento de ar é o processo de tratamento do ar interior em espaços fechados. Esse tratamento consiste em regular a qualidade do ar interior, no que diz respeito às suas condições de temperatura, umidade, limpeza e movimento. Para tal, um sistema de condicionamento de ar inclui as funções de aquecimento, arrefecimento, umidificação, renovação, filtragem e ventilação do ar. A função de desumidificação está normalmente associada à de arrefecimento. Alguns sistemas especiais podem incluir outras funções como a de pressurização do ar no interior de determinado espaço.
            O condicionamento de ar é um dos elementos principais da tecnologia de AVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado).
            O conceito de condicionamento de ar era já aplicado na antiga Roma, onde a água de aquedutos era feita circular através das paredes de certas casas. O inventor chinês do século II Ding Huan inventou um ventilador rotativo para condicionamento de ar. Este ventilador era constituído por sete rodas com três metros de diâmetro e operado manualmente.
            Na Pérsia medieval existiam edifícios que usavam cisternas e torres de vento para o seu esfriamento nas épocas quentes. As cisternas abertas recolhiam a água da chuva. As torres de vento dispunham de aberturas que captavam o vento e de cata-vento que direcionavam o fluxo de ar para o interior do edifício, passando sobre a cisterna e saindo por uma torre situada na direção do vento. As torres e outros captadores de vento foram amplamente usados no mundo islâmico medieval, onde eram usados para o condicionamento de ar em muitas cidades.
            Em 1758 o norte-americano Benjamin Franklin e o britânico John Hadley conduziria uma experiência para explorar o princípio da evaporação como meio de aquecer rapidamente um objeto. Franklin e Hadley confirmaram que a evaporação de líquidos altamente voláteis poderiam ser usados para diminuir a temperatura de um objeto até ser inferior ao ponto de congelação da água. Os dois conduziram a suas experiências com o bolbo de um termômetro de mercúrio até aos 7º F, enquanto que a temperatura ambiente se mantinha nos 65º F. Benjamin Franklin notou que, depois de se passar o ponto de congelamento da água, uma fina película de gelo formava-se à superfície do bolbo do termômetro e que a massa de gelo tinha uma espessura como cerca de seis milímetros quando a experiência era parada ao atingir-se os 7º F. Franklin concluiu que “com esta experiência, pode-se ver a possibilidade de se gelar um homem até à morte num dia quente de verão’’.
            Em 1820, o cientista britânico Michael Faraday descobriu que comprimir e liquefazer a amônia poderia resfriar o ar, quando a amônia liquefeita fosse permitida evaporar.
            Em 1842 o médico norte-americano John Gorrie usou a tecnologia de compressor para criar gelo, o qual usava para arrefecer o ar para os pacientes do seu hospital em Flórida. Ele esperava eventualmente usar a sua máquina fazer gelo para regular a temperatura dentro dos edifícios. Ele até visionou futuros sistemas de ar condicionado central que pudessem arrefecer cidades inteiras. Apesar de seu protótipo ter vazamentos e funcionamento irregular, em 1851 foi concedida uma patente a Gorrie, pela sua máquina de fazer gelo.

Joel Briansini

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